administração pública



Toda e qualquer administração objetiva a sobrevivência e a evolução do órgão ou empresa administrado. E isto ocorre naturalmente, pois as pessoas se juntam basicamente para formar um grupo que seja mais forte do que a soma das forças de cada indivíduo, para obterem mais benefícios do que conseguiriam vivendo, agindo ou trabalhando isoladamente, cada uma por si, e, portanto, pode se dizer que o agrupamento é uma “criatura” com os mesmos anseios e necessidades das partes. 

Na iniciativa privada, a luta pela sobrevivência e evolução da empresa é uma constante e se dá conforme as leis de mercado, em um ambiente de concorrência, ao passo que, na administração pública geralmente não há ameaças à sobrevivência do órgão e nem competição. Verifica-se, portanto, que na iniciativa privada o administrador já tem o contexto externo à empresa formado, ao qual ele tem de se adaptar para sobreviver e evoluir (a conquista de uma fatia do mercado é o seu objetivo), enquanto a administração pública trabalha num contexto interno próprio, criado por ela com reduzida interferência externa.

A evolução da administração pública é função da adequação do contexto criado. Ao criar o seu contexto, a administração pública deve considerar inicialmente que:

  1. Energia - não é possível administrar pessoalmente uma grande quantidade de pessoas; é preciso dar a energia correta ao sistema de administração montado, de forma que as ações corretas fluam naturalmente;

  2. Para que tenha eficácia, toda ação humana requer: querer, saber e poder, ou seja, motivação, decisão e demanda.
  3. Motivação - em um ambiente onde a sobrevivência está garantida, as pessoas devem ser estimuladas a buscar a evolução (a própria e a do órgão);

  4. Decisão - para se obter bons resultados é preciso que sejam tomadas decisões corretas em todos os níveis da administração;

  5. Demanda - sem demandas corretas, e condições adequadas ao seu atendimento, não é possível atingir o objetivo desejado;

  6. A otimização da motivação, da decisão e da demanda só é possível com a participação ativa de todos os níveis da administração e é uma via de mão dupla.

Na forma acima sugerida, administrar é decidir e fazer decidir, agir e fazer agir, com vistas à consecução de um objetivo, e pode ser expresso por E=MD2. Esta fórmula simples facilita a implantação de um sistema de administração, pois, ao considerar que uma teoria de administração pode ser desenvolvida sobre apenas três pilares (motivação, decisão e demanda), ela contextualiza de forma simples as questões, o que possibilita a participação ativa de todos os servidores desde o início, bem como embasa uma evolução continuada.