administração pública
Toda
e qualquer administração objetiva a sobrevivência e
a evolução do órgão ou empresa
administrado. E isto ocorre naturalmente, pois as pessoas se juntam
basicamente para formar um grupo que seja mais forte do que a soma das
forças de cada indivíduo, para obterem mais
benefícios do que conseguiriam vivendo, agindo ou trabalhando
isoladamente, cada uma por si, e, portanto, pode se dizer que o
agrupamento é uma “criatura” com os mesmos anseios e
necessidades das partes.
Na iniciativa privada, a luta pela sobrevivência e
evolução da empresa é uma constante e se dá
conforme as leis de mercado, em um ambiente de concorrência, ao
passo que, na administração pública geralmente
não há ameaças à sobrevivência do
órgão e nem competição. Verifica-se,
portanto, que na iniciativa privada o administrador já tem o
contexto externo à empresa formado, ao qual ele tem de se
adaptar para sobreviver e evoluir (a conquista de uma fatia do mercado
é o seu objetivo), enquanto a administração
pública trabalha num contexto interno próprio, criado por
ela com reduzida interferência externa.
A evolução da administração pública
é função da adequação do contexto
criado. Ao criar o seu contexto, a administração
pública deve considerar inicialmente que:
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Energia - não é possível administrar pessoalmente uma grande quantidade de pessoas; é preciso dar a energia correta ao sistema de administração montado, de forma que as ações corretas fluam naturalmente;
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Para que tenha eficácia, toda ação humana requer: querer, saber e poder, ou seja, motivação, decisão e demanda.
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Motivação - em um ambiente onde a sobrevivência está garantida, as pessoas devem ser estimuladas a buscar a evolução (a própria e a do órgão);
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Decisão - para se obter bons resultados é preciso que sejam tomadas decisões corretas em todos os níveis da administração;
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Demanda - sem demandas corretas, e condições adequadas ao seu atendimento, não é possível atingir o objetivo desejado;
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A otimização da motivação, da decisão e da demanda só é possível com a participação ativa de todos os níveis da administração e é uma via de mão dupla.
Na forma acima sugerida, administrar é decidir e fazer decidir, agir e fazer agir, com vistas à consecução de um objetivo, e pode ser expresso por E=MD2. Esta fórmula simples facilita a implantação de um sistema de administração, pois, ao considerar que uma teoria de administração pode ser desenvolvida sobre apenas três pilares (motivação, decisão e demanda), ela contextualiza de forma simples as questões, o que possibilita a participação ativa de todos os servidores desde o início, bem como embasa uma evolução continuada.