adoção dos valores
A
valoração e adoção dos valores é
fruto de uma interação continuada entre as facetas homem
racional e homem emocional, decorrente das experiências
vivenciadas pela pessoa, tendo em vista a obtenção de
maior felicidade. A pessoa tende a legitimar/validar os valores de
forma que eles guardem coerência (sejam compatíveis) com
seus desejos (terminais) e com a satisfação deles
(instrumentais) e, para tanto, ela lhes dá diferentes graus de
importância - de muito importante a sem importância. Uma
vez validado, o valor torna-se um critério/modelo para o
pensamento e, portanto, passa a embasar sistematicamente o processo decisório.
A repetição do uso de um valor validado com resultado
satisfatório faz com que ele seja internalizado (se torne um hábito)
e tenda a ser mantido ao longo do tempo, especialmente quando for
compatível com a essência. Naturalmente, no processo de
valoração aqueles valores relacionados aos desejos mais
prementes (em foco) tendem a ser qualificados como muito importantes e
a prevalecerem sobre os demais no tocante à capacidade de
influenciar o comportamento. A hierarquização dos valores
validados/legitimados, portanto, é uma questão pessoal, e
tende a variar de pessoa para pessoa. A pessoa focada no Ter pode, por
exemplo, validar como muito importantes valores que
dificultam/impossibilitam a satisfação de suas
necessidades de Ser e Amar, e até mesmo as de Liberdade e
Segurança. É preciso saber dar a devida importância
a cada valor para poder reconhecer a importância das
ações que os realizam, visto que são
prioritárias e mais gratificantes as ações que
realizam os valores mais importantes.
Considerando
que os valores fins/terminais são compatíveis com os
desejos e os meios/instrumentais são compatíveis com as
propensões das pessoas, conclui-se que a importância dada
a cada tipo de valor é reflexo da evolução do
indivíduo e da sociedade.