autoestima

Autoestima é a crença  resultante da autoavaliação/autocrítica continuada, no tocante à aptidão/capacidade da pessoa para fazer escolhas acertadas, para guiar sua vida de forma correta, para viver uma vida feliz.

Uma alta autoestima apenas setorial (no trabalho, por exemplo) pode favorecer a sobrevivência, mas para ser feliz, para sobreviver e evoluir com felicidade, e assim realizar todo o seu potencial, a pessoa necessita de uma autoestima global equilibrada com o amor-de-si; e ter este equilíbrio implica em ter pensamentos e sentimentos compatíveis com a essência. O amor-de-si, dada a sua natureza e o seu objeto, é naturalmente compatível com a essência, pois ele nunca perde de vista o seu objeto: o cuidado-de-si, a manutenção/recuperação do sentimento de perfeição. Entretanto, em função do livre-arbítrio, o mesmo não acontece com o pensamento, que pode assumir direções totalmente incompatíveis com a essência.

Da autoestima resulta uma expectativa de futuro: em função da crença na própria aptidão/inaptidão, a pessoa passa a ter uma expectativa de que o futuro pode ser bom/ruim.

Para pensar correto e fazer as escolhas certas (se tornar apto), o indivíduo precisa ter conhecimento de si (como sou) e compreensão de si (porque sou assim) para se aceitar, e se adaptar/adequar à sua essência e realidade. Portanto, para ter a autoestima equilibrada, ele precisa desenvolvê-la em seus 03 (três) aspectos principais: autoconhecimento, autocompreensão e autoaceitação. O processo é dinâmico e circular - conhecer/compreender/aceitar/conhecer: quanto mais ele se conhece, mais facilmente ele se compreende e se aceita; quanto mais ele se compreende, mais facilmente ele se aceita e se conhece; quanto mais ele se aceita, mais facilmente ele se conhece e se compreende. E quanto mais ele se conhece, se compreende e se aceita, mais apto se torna para viver de acordo com sua essência e realidade, e mais equilibrada fica sua autoestima global.

O homem vê o mundo a partir de si, mas se vê a partir do outro. A introspecção não é suficiente para o desenvolvimento do autoconhecimento, da autocompreensão e da autoaceitação: a pessoa precisa também de modelos e referências para se orientar e avaliar o seu desenvolvimento e a sua evolução.