consciência
Consciência é o conhecimento do que foi percebido da REALIDADE. É o conhecimento do que foi percebido de si, do contexto e da interação entre ambos, ou seja, é como o Homem Racional se vê, como vê o mundo, a vida, o próximo, os fatos e demais componentes do contexto e como os Homens Material e Espiritual o sentem. Em outras palavras, consciência é conhecimento do que foi percebido da REALIDADE sob a ótica do instinto, da razão e da intuição ou, ainda, é o conhecimento do que foi percebido da REALIDADE sob a ótica da razão e da emoção. Ela direciona o que fazemos e como existimos, pois o que nos direciona não é a REALIDADE absoluta das coisas e fatos, mas a percepção e conhecimento que temos deles.
Por
ter capacidade de percepção limitada/reduzida, o
conhecido pelo indivíduo normalmente transcende o percebido por
ele. O ser humano não percebe da REALIDADE o suficiente para
instruir a tomada de decisões e, naturalmente, ele desenvolve a
capacidade de complementar/modificar o percebido projetando na
realidade as suas expectativas, as suas crenças, os seus
desejos, os seus receios, o seu eu e a sua vivência, gerando
assim um conhecimento que transcende o percebido. Toda e qualquer
mudança nas crenças, nos desejos, nos receios, no eu
e/ou na vivência induz a
uma mudança no conhecimento da REALIDADE. A rigor, portanto, o
conhecimento da REALIDADE pelo ser humano não é
função de uma percepção dela em sua
plenitude, mas da forma como ela é experimentada/vivenciada por
ele. No
exercício da
capacidade de complementar/modificar o percebido, de "adequar" a
REALIDADE a ele, o ser humano pode acrescentar, reduzir, distorcer, ignorar e/ou
generalizar os fatos. Por ser único, cada ser humano tem a
sua própria forma de percepção e conhecimento
da REALIDADE.
O ser humano tem o livre arbítrio porque tem consciência,
pois é da percepção e conhecimento de si e do
contexto que advém a possibilidade de duvidar e escolher, de ter
participação ativa nos fatos, de ser proativo e
não apenas reativo.
Consciente é a pessoa com a percepção (e
conhecimento) habitualmente compatível com a REALIDADE e com sua
essência (sua evolução). Só é quem é consciente;
quem não é apenas está. Para existir de fato,
é preciso ser consciente. Ter consciência do outro implica
na
percepção e conhecimento da realidade a partir dele, na
compreensão do que o outro pensa e no sentimento do que o
outro sente, considerando não apenas o momento dos fatos (o
contexto atual), mas também a sua vivência. Consiste em se
colocar no lugar do outro o mais amplamente possível, até
o ponto de pensar e sentir como ele pensa e sente.
Considerando-se as necessidades, a consciência da pessoa tende a
aumentar na medida que ela evolui do Ter, para o Ser e para o Amar. Com
a evolução, tende a aumentar a sua
percepção do próximo como um ser único,
digno de atenção, cuidados e afeto, e com necessidades a
serem satisfeitas; além do que, ela passa a se sentir como
parte da natureza e a perceber as necessidades desta. Com a
evolução há, ainda, a percepção do
sentido da vida e da beleza e perfeição deste mundo como
criação.
A consciência moral é fruto da união da
consciência com o amor à vida em geral e induz o
indivíduo a praticar o bem e evitar o mal.
Quanto maior o conhecimento, maior a capacidade de
percepção; quanto maior a evolução, maior a
capacidade de percepção. Entretanto, capacidade de
percepção não é percepção e
para a pessoa otimimizar sua consciência é preciso
exercitá-la, ou seja, é preciso despertar a
consciência. Para tanto, é preciso que a pessoa viva o
presente, pois apenas vivenciando plenamente o presente a pessoa tem a
percepção correta de si, do contexto e da
interação entre ambos. A consciência do passado e
das possibilidades futuras nos prepara para decidir melhor no presente,
mas a pessoa não pode viver sempre focada no passado ou no
futuro, pois agindo assim ela estará agindo influenciada pela
sua expectativa de presente e, consequentemente, terá apenas uma
consciência parcial do presente real. Os benefícios de se
ter consciência do passado e das possibilidades futuras
são inquestionáveis, mas, por outro lado, só
existe vida consciente no presente e, portanto, é preciso
otimizar o resultado, ou seja, é preciso buscar a medida certa
de cada uma para cada momento, é preciso saber a cada momento
quanto de passado, presente e futuro precisamos para obter o melhor
resultado.
Com a consciência otimizada, a pessoa estará em
condições de exercer todo o seu potencial como ser humano.