ditadura e comunismo

No comunismo busca-se a igualdade social, a abolição das classes e a plena satisfação das necessidades humanas; os meios de produção seriam públicos e os trabalhadores seriam os dirigentes, ou seja, os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção.

Na distribuição do trabalho, cada um contribuiria de acordo com a sua capacidade e, na distribuição dos bens produzidos, cada um receberia de acordo com as suas necessidades.

As ditaduras modernas têm como principais características a manipulação e a dissimulação, ou seja, nelas as instituições existem, mas só atuam até onde e como for permitido pelo líder, e todos os meios de comunicação estão a serviço da divulgação de suas "grandes" idéias e feitos, bem como do enaltecimento de sua pessoa. Trata-se de um regime onde a vontade do indivíduo não conta; onde a pessoa não tem liberdade e nem segurança na busca da satisfação de suas necessidades. Nessas condições, onde a sobrevivência parece estar sempre ameaçada, o indivíduo tende a buscar continuadamente garantir a necessidade de Ter, o que mantém estagnada a sua evolução.

Do acima exposto, verifica-se que há uma total incompatibilidade entre ditadura e comunismo. Qualquer tentativa de conciliar os dois caracteriza uma tentativa de evolução pela força (o que é impossível) e tende a ter resultados desastrosos, pois a ditadura se constitui em um entrave à evolução, tendendo a manter as pessoas no Ter, enquanto o comunismo necessita do espírito de Doação para ser implantado.