mudanças

Para que as ações da "criatura" sejam harmônicas e coerentes é preciso que haja compatibilidade entre elas e a essência da "criatura", que por sua vez, é a soma das essências dos indivíduos que a compõem.

O processo de mudança de uma "criatura" se torna necessário quando a sua cultura já não está adequada ao contexto, não possibilita a sua evolução ou até mesmo compromete a sua sobrevivência. A "criatura" precisa ter crenças, pois elas dão segurança e identidade e facilitam o comportamento e o pensamento. mas precisa também que elas sejam úteis na sua busca constante de sobrevivência e evolução. Sem uma mudança prévia na cultura, a mudança tende a ser dura, pois as pessoas naturalmente resistirão a ela. Em todo diálogo há, em segundo plano, de forma velada ou inconsciente, um confronto de crenças; há, portanto, um diálogo paralelo ao principal, que precisa ser resolvido antes daquele, pois, se não houver compatibilidade entre crenças, o diálogo tende a não ser produtivo para todos os envolvidos, o que pode comprometer a mudança.

Para mudar a sociedade, a empresa ou a instituição é preciso mudar as pessoas, cada uma delas, cada indivíduo. Quando se busca mudar o todo sem se ater às partes (aos indivíduos) a mudança não é efetiva, pois não se atinge a essência das pessoas e, portanto, da "criatura". É mudança feita, mas não aceita, não incorporada.

Dada a complexidade do ser humano e a grande quantidade de varáveis oriundas do contexto, o processo de mudança da "criatura" deverá ser dinâmico, pois o conhecimento de sua essência e do contexto só é possível por aproximação continuada, mediante análise dos resultados obtidos a cada passo dado no processo de mudança. Com o avançar da mudança, a "criatura" vai mostrando seus pensamentos e sentimentos, o que possibilita o aprimoramento continuado do processo.

Processos de mudança que não contemplem as peculiaridades do ser humano e do contexto tendem ao fracasso.

.

.

.

.