Escravidão financeira é aquela relacionada ao tolhimento da vontade decorrente de questões financeiras, geralmente relacionadas ao consumismo.

Quando a pessoa tem um estilo de vida focado na dimensão do Ter ela busca satisfazer desejos que, para serem mais rapidamente atendidos, a leva ao endividamento. Por outro lado, uma vez endividada a pessoa tem dificuldades para saldar a dívida já contraída e satisfazer, ao mesmo tempo, os novos desejos que vão surgindo, o que a leva a contrair novas dívidas. Adicionalmente, quanto mais coisas a pessoa tem, mais coisas a tem, pois as coisas demandam cuidados, reparos e reposição; quanto mais coisas a pessoa tiver, mais do seu tempo e dinheiro ela gastará apenas para tê-las. Cria-se, assim, um ciclo interminável que mantêm a pessoa devedora permanentemente e, consequentemente, obrigada a se submeter às condições que lhe permitam manter o ciclo ativo, ou seja, na ânsia de satisfazer os seus desejos de Ter a pessoa fica tolhida na sua vontade no tocante a que trabalho fazer, onde trabalhar, quanto trabalhar e em que condições. Esta situação é agravada quando a pessoa tem que se submeter a situações degradantes e/ou estressantes.

Para evitar este tipo de sofrimento, a pessoa precisa ter sempre em mente que  o atendimento dos desejos do Ter não é o objetivo de vida do ser humano, mas apenas um meio para se atingir algo maior. É preciso, portanto, limitá-los de tal forma que seja possível  o atendimento sem prejudicar a busca da evolução com felicidade.