o bem e o mal

O bem está na ação consciente que promove a sobrevivência e a evolução do indivíduo que a pratica e/ou a coletiva, ou ainda, o bem está na ação consciente que promove a sobrevivência do indivíduo e a valorização da vida em geral, ou ainda, o bem está na ação consciente que promove a satisfação das necessidades do indivíduo e/ou a coletiva, ou ainda, o bem está na ação consciente que promove a felicidade do indivíduo e/ou a coletiva. O mal está nas ações que a(s) prejudica(m).

Entretanto, o que a pessoa faz de acordo com seu instinto e intuição é apenas expressão da sua essência e, portanto, não configura a prática do bem ou do mal. A rigor, o bem e o mal estão nos excessos e faltas do indivíduo decorrentes do exercício do livre-arbítrio, ou seja, o bem e o mal residem no agir consciente em desacordo com a essência. Com a prática continuada de um determinado bem (ou mal), há a formação de hábitos e essas ações podem se tornar inconscientes e automáticas, mas não perderão a característica original: continuarão sendo frutos do livre-arbítrio e estarão em desacordo com a essência e, portanto, continuarão a configurar o bem ou o mal. As reações inconscientes e automáticas frutos apenas do contexto (de traumas e similares), não são frutos do livre-arbítrio, mas as ações que dão continuidade a elas o são e, portanto, configuram o bem e o mal quando em desacordo com a essência.

Por ser intrínseca ao ser humano, a noção do bem é relativa, ou seja, ela muda com a evolução individual e/ou coletiva. Muitas vezes, aquilo que configura um bem para o indivíduo, pode configurar um mal para a coletividade, e vice-versa, especialmente quando se trata de questões relacionadas à sobrevivência. Estas divergências nos pontos de vista são decorrentes das diferenças individuais no tocante ao estágio evolutivo e, com a evolução coletiva, tendem a desaparecer, pois, em função dela, os interesses individuais se harmonizarão com o coletivo, o que uniformizará as avaliações dos resultados das ações.