A função do governante é a obtenção do melhor resultado coletivo; ele deve buscar maximizar o bem e minimizar o mal da coletividade de forma sustentável ao longo do tempo e justa. Cuidar do indivíduo é função da comunidade, o que não deve ser uma obrigação, mas expressão da vontade.

A responsabilidade do governante no tocante ao indivíduo se resume à criação de condições adequadas para que a comunidade exerça o seu papel, ou seja, ele deve desenvolver uma cultura que fomente o cuidado com o próximo e disponibilizar apoio material para isso, quando necessário.

Priorizar o todo não implica no desrespeito às garantias individuais, mas, apenas, em não perder o foco se embolando com as questões individuais, pois, por mais que queira e tente, o governo nunca será remédio para todos os males de cada cidadão (especialmente aqueles relacionados às necessidades de Ser e Amar). Adicionalmente, a crença em que é responsabilidade do governo a solução de todos os problemas dos indivíduos dificulta o desenvolvimento do senso de comunidade, pois induz as pessoas a não se sentirem responsáveis pelas outras, bem como a acharem que não precisam delas para o atendimento de suas necessidades.

A base do processo decisório está na visualização do todo e na compreensão de sua essência. O governante deve ter a visão do todo para tomar a decisão correta. Agindo desta maneira, o governante terá condições para obter melhores resultados nas questões de interesse coletivo (que também são de interesse do indivíduo) e estará induzindo a comunidade à satisfação da necessidade de Amar. Estas duas atitudes quando somadas terão como consequência um melhor resultado para cada indivíduo.