resiliência
Resiliência é a capacidade da pessoa de, quando em situação adversa à sua sobrevivência e/ou evolução, manter/recuperar o seu estado de equilíbrio, de não se deixar abater pelos fracassos ou se levar pelos sucessos. É função do amor-de-si e da autoestima.
O amor-de si induz ao cuidado-de-si, à manutenção/recuperação do sentimento de perfeição, de aptidão para ser feliz. É emoção inata, expressão da intuição, e não está sujeito à variações abruptas em decorrência das vicissitudes da vida, mas apenas àquelas decorrentes da evolução, e ela se dá passo-a-passo. Verifica-se, portanto, que o amor-de-si se mantém relativamente estável durante toda a vida do indivíduo. Por seu lado, a autoestima é uma crença desenvolvida pela pessoa, resultante da autoavaliação/autocrítica continuada, no tocante à sua aptidão para ser feliz e, embora tenda a se manter estável (seja conservadora), está sujeita a altos e baixos durante a vida do indivíduo, por ser fruto do pensamento.
Enquanto
o amor-de-si induz a pessoa a ver a situação sob a
ótica da esperança, a autoestima a induz a
percebê-la sob a do otimismo. Quando o amor-de-si e a autoestima
estão em equilíbrio, a resiliência da pessoa
é máxima, pois a esperança e a otimismo
estão em seu ponto máximo e em consonância. A
situação adversa é externa à pessoa, e ela
se sente e se crê igualmente apta para enfrentá-la. Uma
autoestima equilibrada com o amor-de-si é o máximo que se
pode ter e, portanto, é uma condição ideal
alcançada por poucos. Entretanto, em função do
acúmulo de emoções negativas e fracassos, a pessoa
pode ter
redução na crença e no sentimento de
perfeição/aptidão e, nesta condição,
a autoestima (crença na perfeição/aptidão)
pode ser maior ou menor do que o sentimento de
perfeição/aptidão. Quando a crença e o
sentimento de aptidão estão em desequilíbrio, a
resiliência fica diminuída, pois a esperança e o
otimismo estão reduzidos e em dissonância. A
situação adversa é, portanto, interna e externa, e
a pessoa não se sente apta para enfrentá-la da mesma
forma
que crê (ou não identica a situação como
adversa). Nestas condições, é o amor-de-si que
dá resiliência à pessoa, para impedir que ela se
deixe abater pelo fracasso ou se levar pelo sucesso e se recupere,
cabendo ao maior dentre a crença e o sentimento de
aptidão um papel de coadjuvante nesta recuperação.
É o amor-de-si, portanto, que dá a ela a
resiliência necessária para recuperar o seu sentimento de
perfeição, e para recuperar inclusive a própria
autoestima.