democracia e comunismo


Na condição de governo do povo, pelo povo e para o povo, uma democracia deve se pautar pelos princípios universais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade (frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau), sendo a fraternidade aqui entendida conforme consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."

No comunismo, busca-se a igualdade social, a abolição das classes e a plena satisfação das necessidades humanas; os meios de produção seriam públicos e os trabalhadores seriam os dirigentes, ou seja, os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção; na distribuição do trabalho, cada um contribuiria de acordo com a sua capacidade e, na distribuição dos bens produzidos, cada um receberia de acordo com as suas necessidades.

Da análise do acima exposto, conclui-se que a prática da democracia em sua plenitude (pautando pelos princípios universais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade) a longo prazo tende a ter como resultado o comunismo, conforme definido no segundo parágrafo, ou seja:

  • Na condição de governo do povo, para o povo e pelo povo, a democracia deve buscar criar condições para que cada indivíduo satisfaça as suas necessidades;

  • Com a evolução dos povos, mediante a prática da democracia plena, haverá o desenvolvimento dos sentimentos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade até que, finalmente, ter-se-á atingido a fase onde a Doação será a regra, onde o Ter não será o foco e ninguém necessitará de propriedades para garantir a sua sobrevivência (as facilidades e dificuldades serão compartilhadas por todos).

Verifica-se assim que, com os devidos ajustes, a democracia e o comunismo são perfeitamente compatíveis. A igualdade deve ser fruto da liberdade e da fraternidade.