EVOLUÇÃO
O destino do ser humano é a evolução. Tudo evolui; não existe um momento igual a outro: a cada instante as pessoas mudam e muda o contexto. Todo o universo está em constante evolução e o ser humano não é uma exceção. O foco da evolução do ser humano é a perfeição, o estado de paz total, de ausência de tensões, de plenitude.
O ser humano tem três modos de evoluir:
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Pela aceitação – deixar a vida fluir naturalmente. A evolução é decorrente do destino, mas a felicidade é uma conquista.
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Pela ação – fazer acontecer, participar ativamente do processo, buscar o conhecimento e exercer o livre-arbítrio. A evolução e a felicidade são conquistas.
- Pela omissão - a pessoa não deixa a vida fluir naturalmente e nem busca o conhecimento necessário para o exercício pleno do livre-arbítrio. A evolução e a felicidade são decorrentes do destino.
A evolução pela aceitação consiste em deixar a vida fluir naturalmente (tal como os bichos, mas com consciência). É o viver por amor à vida, sem nenhum outro objetivo. Neste caso, o que se almeja é algo equivalente à vida que Adão e Eva tinham no paraíso antes de comerem do fruto da árvore proibida (do conhecimento do bem e do mal), é o resgate da inocência perdida. O princípio básico (ou crença) que norteia a busca é que a vida é um mistério insolúvel e que, portanto, não adianta procurar respostas para questões existenciais, pois, caso elas sejam obtidas, não serão expressão da verdade e, consequentemente, prejudicarão a busca. Não há um conhecimento objetivo a ser ensinado, mas há um subjetivo. A pessoa precisa aprender a se descontruir, a eliminar as crenças adquiridas durante seu crescimento que são prejudiciais ao processo. Basicamente, é preciso restabelecer a inocência com que se nasce para possibilitar o completo desabrochar da consciência, é preciso anular os efeitos dos desejos e do conhecimento sobre a percepção da realidade. Em termos práticos, trata-se de promover alterações nos pensamentos e sentimentos (de emoção e de desejo), até eliminar tudo aquilo que estiver provocando alterações na percepção da realidade.
A consciência que o ser humano tem dos fatos e emoções possibilita que ele tenha pensamentos e sentimentos e que estes interajam de tal forma que viabilize o livre-arbítrio, a possibilidade de influir no seu destino. Considerando que o mundo é perfeito como criação, conclui-se que o homem foi criado com livre-arbítrio para poder ter a felicidade e a evolução como uma conquista e não apenas como obra do destino. A evolução pela ação é mais acelerada e é a melhor opção quando o direcionamento é correto, mas quando ele é equivocado ela é fonte de desilusão e sofrimento e os ganhos decorrentes da ação são reduzidos. A evolução pela ação é fruto do conhecimento e da experiência. Ao fugirmos da experiência fugimos da evolução. Quem tem o conhecimento, mas não o aplica, não o experimenta, se equipara ao que não tem o conhecimento. Quem não experimenta não erra, mas não promove a evolução. A experiência está tanto em fazer algo como em deixar de fazê-lo. A experiência está em se fazer aquilo que se crê ser o melhor para o próprio processo evolutivo, para a busca da felicidade, e em deixar de fazer aquilo que achar ser ruim para o processo.
Na
evolução pela aceitação, uma vez atingida
a inocência, tem-se plena
consciência da vida, pois a percepção não
é afetada por crenças e desejos, e,
consequentemente, tem-se uma vida em
harmonia com o universo. Na evolução pela ação também se almeja uma plena
consciência da vida e a harmonia com o universo, mas
por meio do pensamento e sentimento corretos. Na evolução
pela aceitação busca-se suprimir (ou minimizar) as crenças e
desejos, enquanto na pela ação busca-se as
crenças e desejos adequados à pessoa. Na
evolução pela aceitação,
o comportamento tende a ser consequência direta da
intuição, ao passo que, na
evolução pela ação, o
comportamento é decorrente da interação do
pensamento com o sentimento. Na
evolução pela aceitação busca-se a
desconstrução parcial do indivíduo (retirar dele
tudo aquilo que conspurca sua inocência), enquanto na pela
ação busca-se a sua construção (acrescentar
o que falta para sua completude). A pessoa deve
escolher
a opção que lhe parecer mais adequada.
São fatores essenciais para a evolução o instinto, a intuição e a razão, bem como as necessidades.