razão e religião


O sentido da vida pode ser encontrado, principalmente, a partir do estudo da história (evolução da raça humana através dos tempos), da psicologia (desenvolvimento do indivíduo), da sociologia (relações sociais), da filosofia (arte de viver) e da religião (sentido dado à vida pelas religões).

Entretanto, nenhuma área detém conhecimento suficiente para que se possa encontrar o sentido da vida baseado apenas nela. O conhecimento da REALIDADE e do ser humano, além de muito limitado, está disperso. Para compensar, é preciso juntar as diferentes áreas de conhecimento e pegar de cada uma o que ela tiver de útil, pois, nessa busca, elas são complementares. Para o homem racional, o que importa é se a afirmação aparenta ser VERDADEIRA, e não a sua origem.

As religiões foram, por milênios, responsáveis por dar sentido à vida do ser humano. É razoável, portanto, considerar que as suas doutrinas estão fundamentadas em algumas VERDADES. É nas lacunas do saber que a fé mostra o seu valor.

Por ser uma necessidade do homem racional, ao buscarmos o sentido da vida é preciso nos guiar sempre que possível pela VERDADE: a fé deve ser reduzida ao mínimo indispensável para suprir as lacunas do conhecimento. Entretanto, quando a visão religiosa, embora transcendente, não for incompatível com a visão obtida a partir das demais áreas e for indispensável para preencher as lacunas do saber, é razoável adotá-la.

Ser racional é reduzir a fé ao mínimo indispensável, mas sem perder o sentido; pois viver sem um sentido é ser irracional. Acreditar que o mundo sempre existiu e/ou que ele é fruto do acaso e/ou que ele é uma obra em construção por Deus e/ou que Ele nos criou para "brincar com marionetes" é acreditar que estamos ao sabor do acaso e que, portanto, a vida não tem sentido. Caso fosse essa a situação, ter consciência e ser racional seria uma espécie de castigo, pois teríamos o conhecimento de nossa triste sina, mas nada poderíamos fazer. Acreditar em Deus é uma escolha pessoal, e ter uma religião é opcional, pois o que interessa de fato é como a pessoa vivencia a REALIDADE. Entretanto, para ser feliz, a pessoa precisa de direção; e para isso ela precisa, pelo menos, reconhecer a importância da perfeição e do amor  no direcionamento das decisões de todo ser humano.

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