O ser humano está permanentemente submetido a tensões, basicamente relacionadas a algo importante a ser combatido ou conquistado. Elas formam um campo delimitado por três pólos principais:

1. O Ser - aquilo que ele é e que é expressão de sua essência.

2. O Não-Ser - aquilo que ele se tornou em função das circunstâncias e que não é reflexo da sua essência (homem camaleão).

3. O Ser-Perfeito - aquilo que ele almeja ser (evolução).

A tensão existente entre o Ser e o Ser-Perfeito é decorrente do destino do ser humano, ao passo que a existente entre o Ser e o Não-Ser é decorrente do contexto no qual ele foi criado e/ou vive atualmente e do livre-arbítrio. Ele busca naturalmente caminhar na direção do Ser-Perfeito, mas a realidade lhe impõe limitações/dificuldades no atendimento de suas necessidades e, na busca do melhor resultado possível face às circunstâncias, ele acaba com frequência sendo levado ao Não-Ser. Ele nunca conseguirá eliminar estas tensões, pois buscar ser perfeito é o seu  destino e, por viver em sociedade, nunca será permitido/conveniente a ele fazer tudo o que quiser. Ele precisa se contentar com o Poder-Ser.

Quando o Não-Ser é fruto de um conjuntura adversa (cultural, econômica, política, etc.) de alcance generalizado e que se perpetua ao longo do tempo, ele pode gerar níveis extremos de tensão na sociedade, o que a torna propensa/favorável à mudanças radicais.

O ser humano deve buscar minimizar a tensão natural existente entre o Ser e o Ser-Perfeito (buscando evoluir com felicidade) e eliminar a tensão entre o Ser e o Não-Ser (buscando autoconhecimento e sabedoria, de forma a preservar a integridade).